Título: Um escritor no fim do mundo
Autor: Juremir Machado da Silva
Editora: Record
Páginas: 238
Sinopse: Relato de viagem feita por Juremir Machado da Silva e Michel Houellebecq à Patagônia no final de 2007. Nas palavras do próprio autor: "Uma relexão profunda, embora leve, irônica e divertida, sobre o ato de escrever, o sentido da viada e a diferença entre pinguins e lobos-marinhos."
Um escritor no fim do
mundo é o relato do escritor Juremir Machado da Silva que compartilha sua
viajem com o escritor francês Michel Houellebecq para a Patagônia, considerada
pelos franceses o fim do mundo, por ser tão distante da França. Em seu relato, Juremir
não tem o intuito de fazer um guia de viagem, mas sim de contar como foi sua
convivência com Michel.
Pra falar a verdade eu não estava nem um pouco a fim de ler
o livro. Nunca gostei da literatura brasileira, sendo que de um tempo pra cá
ela mudou bastante e já tem grandes livros que eu fiquei com grande vontade de
ler. Mas na escola eles sempre tinham apenas aqueles livros velhos e de
histórias chatas, então é daí que vem o meu desgosto. Mas felizmente posso
dizer que esse livro me fez mudar bastante o meu ponto de vista. Acho que por ele
ser dos tempos mais atuais.
O autor veio para a cidade dar palestra e então os livros
foram disponibilizados na minha escola, de graça. Logo me interessei por causa
do título, pois achei que falaria da Patagônia e desse pedaçinho do mundo, do
que tem lá, o que dá pra fazer por lá, e essas coisas. Não. O livro é totalmente
diferente, não é um guia de viagem, como já disse. No início isso se tornou um
ponto negativo pra mim, mas depois fui gostando do livro.
Juremir conta sobre como foi seu tempo compartilhado com sua
namorada(não sei se de fato é namorada, mas é alguma coisa assim) Cláudia e
Michel na Patagônia e compartilha as suas "conversións animalieres". Gostei da
linguagem que ele usou, a forma de escrita e sobre a despreocupação em usar
vocabulário informal e em falar sobre qualquer coisa. Quer dizer, às vezes achei
que eles falavam coisas meio inadequadas, mas enfim.
As histórias de Juremir e Michel são bem reflexivas, sendo
as vezes sobre temas bem bobinhos ou algo mais profundo. Grande parte de suas conversas giram em torno da literatura, e são mencionadas pessoas de grande importância.
Outro ponto positivo do livro é dos capítulos curtos. Acho
que vocês já sabem que eu adoro livros de capítulos curtos, certo? Rende uma
leitura muito mais harmônica.
Bom, eu goste bastante do livro, mas dependendo da pessoa
ele pode ser bem cansativo. Indico para quem estiver interessado! Tem alguém que já leu?
Xoxo,
Eliana
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